Vegan@: ser ou não ser? Transição sem culpa
- ekonativa
- 9 de fev. de 2018
- 2 min de leitura
Muitas pessoas pensam que sou vegana. Costumo dizer que sou parcialmente - sei que isso soa fraudulento. Na verdade, acho rótulos muito cartesiano. Mas sei também que muitas pessoas se dizem veganas apenas por adotarem uma alimentação sem derivados de origem animal. No entanto, vai mais além.
O veganismo exclui o consumo de qualquer produto cuja composiçao contenha derivados de origem animal, portanto nada de cinto, sapato, bolsa de couro... Nada de cosméticos que contenham, por exemplo, sodium tallowate (gordura animal, muito presente nos sabonetes). E por aí vai...
Justamente no quesito vestimentas e higiene pessoal, sim, poderia ser rotulada como vegana. Já na alimentaçao poderia ser classificada como pescetariana - apesar de raramente cometer alguns deslizes com outras carnes brancas.
Se esse é um processo de transição para o veganismo, não sei. Tomara que sim! Mas estou consciente que tenho mais possibilidades além do êxito ou insucesso: se não chegar lá, continuarei fazendo outras compensações ambientais. Outras demonstrações de amor e respeito à vida.
Mudanças de hábitos são possíveis sempre. Mas o grau de facilidade tem a ver com a cultura, a história de vida de cada um. Isso deve ser respeitado. Eu, por exemplo, nunca gostei de carne vermelha. Comi poucas vezes. Para mim foi fácil abdicar. O leite é um dos mais difíceis. Estou diminuindo e começando a produzir meu leite vegetal, mas de maneira ainda incipiente.
Em geral, as barreiras são variáveis. Uma coisa eu sei: a mudança é mais efetiva quando é gradativa, quando se faz com liberdade, autoconhecimento e prazer.

Conheço pessoas que repentinamente decidiram ser veganas e se mantêm até hoje. Isso é maravilhoso! Porém, quem não consegue avançar muitos degraus rumo ao veganismo não deve se considerar um ser insensível ou menos nobre. Tampouco indigno de militar nessa causa (olha eu aqui propagando e apoiando o veganismo😊)!
De fato, há limitações quanto à disponibilidade dos produtos; quanto ao custo; quanto à administração do tempo para quem precisa organizar sua rotina e preparar os alimentos ou cosméticos... Isso pode gerar algum entrave, mas nunca uma impossibilidade. Fique cert@.
O principal a ter em mente é: cada um de nós somos únic@s em nossos organismos e nossas vivências.
Respeitar nossos limites, nosso tempo, nossas convicções, sobretudo de outrem, é fundamental para ter qualidade de vida. Seja por meio do veganismo ou outro movimento, o essencial é que levantemos uma bandeira que expresse gratidão e respeito à vida. Toda forma de vida. Vamos à luta!
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